30.3.08

:: HOJE, SEM DÓ, NÃO SEI O QUE SINTO QUANDO ME OLHO SÓ ::

Eu sei que não publico nisso aqui, diariamente. Que deixo passar uma semana para colocar palavras novas nesse meu diário de bordo virtual. Assim como eu sei, também, que nunca estou preparado para as porradas da vida. Sempre me abalam, forte ou sucintamente. Mas abalam. E isso é uma merda!

Hoje, sábado alienante. Chuva, frio ao anoitecer e eu... Mais uma vez sozinho. Nada para fazer, ninguém para sair. Celular mudo. Definitivamente eu não consigo me acostumar com essa coisa de ficar só. Por mais que eu afirme, e até mesmo as pessoas digam isso pra mim, que é natural, que na vida a gente tem esses momentos de solidão, eu não consigo me acostumar com a idéia.

No decorrer da minha história, eu não tive tempo para me acostumar com o lance de ficar só. Não sei explicar, mas é como aquelas pessoas que nunca param de se envolver em relacionamentos e chegam a um determinado ponto em que não sabem mais como viver sem eles. Ficam curando paixões com outras e se perdem no meio do caminho. Vira um ciclo vicioso. É mais ou menos isso, mas comigo, nesse momento, está sendo em relação a vida em geral.

Não é que eu seja alguém que fica suprindo vazios com pessoas, usando tudo e todos para preencher lacunas. Mas é que um dia eu acreditei que tudo era pra sempre, que minhas amizades eram pra sempre. Só que na caminhada da vida, estou descobrindo que o pra sempre, sempre acaba. E está sendo complicado.

Acredito, também, que tudo isso é um grande baque pelo fim da faculdade. Durante todo o tempo da graduação eu vivia aquela loucura de horários, viagens, idas e voltas. As noitadas de Friburgo, as cervejas com os amigos – de lá – as farras no ônibus, os fins de semanas loucos – por lá. Agora, a faculdade acabou e estou aqui, enquanto todo o pessoal da faculdade ficou lá em Friburgo. Em contraponto, o pessoal daqui, de minha modorrenta cidade, que era a galera dos tempos de escola, os amigos da adolescência, ficaram um pouco de lado [não por uma vontade minha, mas por ironia do destino] e hoje eles vivem suas vidas e eu não estou mais nelas. É um pouco confuso para mim.

Prefiro acreditar que tudo isso está acontecendo como um aprendizado para a luta de amanhã – por mais difícil que isso seja.

Dias melhores virão.

Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar.

Au Revoir!

24.3.08

:: E O QUE RESTA DESSA FESTA? ::

Fim de Domingo de Páscoa. O que fica? Nada!
Apenas algumas gramas a mais, uma alta nos números da glicose e uma baixa nos números do saldo bancário!

Todas essas datas do calendário cristão foram reduzidas a cifrões. Natal e Páscoa tornaram-se grandes temporadas capitalistas. Movimenta-se o comércio, as indústrias, menos as pessoas – a não ser para a busca pelo presente mais inebriante.

Cada ano que passa, cada data, fico mais avesso a essas comemorações. Porque tornaram-se grandes fraudes. Um circo em nome de alguém que foi corajoso e lutou pelos seus ideais e que hoje é título do espetáculo do “capetalismo”.

Não sou católico, luterano ou protestante. Mas admiro, respeitosamente, esse homem que lutou por idéias que hoje fazem parte do discurso que rege a vida de milhares seguidores pelo mundo inteiro. E é triste esse fim que levou as datas que comemoram a jornada desse histórico líder político.

Minha maior indagação é: e o que fica de toda essa futilidade se a alma da comemoração está restrita a pequenos grupos?

- Os cifrões que estão somente nos cofres da indústria do consumo.

Está tudo lá. O seu e o meu dinheiro!

19.3.08

:: DESESPERADO - DESANIMADO ::

Há tempos não apareço por aqui.
Acho que minha vida está parada demais para eu conseguir compilar assuntos e digeri-los. Estou parado!

Tenho assistido muita televisão, confesso. Menos emburrecido. Nunca! Aliás, eu não acredito que a televisão emburreça. A não ser que você queira isso. Do contrário, ela é apenas mais um veículo.
A nova-velha minissérie da Globo – Queridos Amigos – tornou-se uma grande paixão. Não perco um capítulo. Também, não tenho tido como perder, não tenho feita nada.
Esse minisseriado é muito interessante. Confesso que ele mexe, de forma muito interessante, como minhas emoções. Não sei explicar.
Talvez porque eu tenha essa alma um pouco subversiva. E... Não sei explicar! É uma coisa muito engraçada, até.

E minha vida tá assim... Modorrenta!
Sem graça.
Sem grandes paixões. Apenas as velhas.
Sem grandes acontecimentos. Apenas os velhos.
Sem grandes rotinas. Apenas as velhas.
Vivo naquela rota que arrasa o meu projeto de vida: casa-trabalho-academia-casa.

Aí, busco ocupar a ausência dos queridos que se distanciaram com leitura, televisão, Internet.
Estou lendo um best-seller de Paulo Coelho, Brida. É bem legal.
Eu não tenho grandes problemas com os best-sellers como os intelectuais falam por aí. Eles cumprem seu papel de entretenimento nos meus momentos só. E até falam coisas legais.

Ando sem coerência. Preciso me reorganizar.
Preciso dar um upgrade na minha vida. Rapidamente!