15.9.09

:: OS MAIS DOCES BÁRBAROS ::

Na década de 70, Gil, Caê, Bethânia e Gal unem-se para a comemoração, através da música, dos dez anos da carreira solo de cada um. Com uma MPB deliciosa, inteligente, particular, brasileira e decisiva, fizeram shows pelo país e registraram tudo em um documentário e um álbum - homônimos.
Talvez Doces Bárbaros possa ser caracterizada como umo típico grupo hippie dos anos 70. Mas, não é bem assim que a banda toca. Sua excentricidade é marca da brasilidade e do regionalismo baiano com todos Oxósses, Iansãs, Oguns e Xangôs.
O disco é considerado uma obra-prima da música brasileira. No entanto, naquele Brasil de proibições, não curiosamente, foi duramente criticado.
Idealizada por Maria Bethânia, a banda interpretou composições de Caetano e Gil, mas incluia algumas canções de outros compositores como Fé cega, faca amolada de Milton Nascimento e o clássico popular Atiraste uma pedra, de Herivelto Martins.
Inicialmente o álbum seria gravado em estúdio, com todo aquele aparato técnico. Mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry fields forever, São João Xangô Menino e O seu amor, todas gravações raras. Só que, anos depois, Gal e Bethânia confessaram que a qualidade sonora do disco não foi das melhores.
Doces Bárbaros são filhos de um Brasil que poucos conhecem.

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