17.9.09

:: TARANTINO ::

Pulp Fiction é aquele filme que não te deixa parar. É como se ele avisasse, sempre: Não pisque, pode ser fatal!

A narrativa fragmentada, recortada e costurada de Tarantino conta três histórias ao mesmo tempo.

Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), dois mafiosos, saem para fazer uma cobrança – a qual termina em chacina com uma violenta sequência no carro.

Corte seco. Outra história.

Vincent (John Travolta) deve levar a mulher de seu chefe, Mia Wallace (Uma Thurman), para se divertir enquanto ele viaja, mesmo com todos os boatos que rodeiam o caso.

Corte seco. Terceira história.

Butch Coolidge (Bruce Willis), boxeador que deve lutar em um combate. Mas com um vencedor pré-definido. Para surpresa de todos, vence e foge com o dinheiro da luta para provar seu valor. É perseguido logo após.

Recorte tudo. Separe. Misture e leia. É assim que Quentin Tarantino narra os três fatos sangrentos.

Não curiosamente, Pulp Fiction, ou revista pulp, é o nome dado a magazines feitas com papel de baixa qualidade [a polpa]. Rodava no início da década de 1920 e foi nos Estados Unidos onde tiveram maior expressão. Nelas, geralmente, eram contadas fantasia e ficção científica. Por sua vez, o termo começou a ser usado para se referir a histórias de baixa qualidade ou absurdas. E é por esse sentido que Tarantino usou o conceito para nomear seu filme.

As pulps eram um entretenimento rápido, acessível e móvel. Sem grandes pretensões artísticas, ainda que bastante divertidas. Acredita-se que, em uma época sem televisão, elas ocupavam o papel que as séries televisivas interpretam hoje.

Nenhum comentário: