14.10.09

:: GUERRA DE CONCEITOS ::

Há algum tempo duas palavras vêm me incomodando. Fidelidade e Lealdade. Hora e outra cruzam-se, travando, em mim, uma luta ferrenha no campo da capacidade intelectual e emocional de compreender coisas, fatos e conceitos. Não consigo chegar a uma relação de paz entre elas, simplesmente por não conseguir distingui-las ou separa-las.
Fui tentar uma coisa técnica. Busquei no dicionário seus respectivos significados. Mas um me levava ao outro. Ser leal é ser fiel que para sê-lo é preciso lealdade. Caí numa tautologia viciosa.
Penso que não dá para dissociá-las. Estar na fidelidade é, automaticamente, ser uma pessoa leal. Estar na lealdade é, automaticamente, ser uma pessoa fiel.
Você pode ser fiel sem ser leal?
Você pode ser leal sem ser fiel?
Já ouvi discursos de pessoas que dizem separar esse joio do trigo. “Acredito na lealdade, não na fidelidade”. Como? Confesso, sincero, que não sou tão evoluído assim. Hoje, tudo se separa, dissolve e talvez pelo meu “quê” tradicional, ainda não tenha conseguido adaptar-me a essa nova forma de fidelidade e lealdade. Assim, tão separadas.

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