
Uma manifestação artística que acreditava na antropofagia, não como ela é, mas na maneira que ela representava os processos de construção da cultura brasileira. A metáfora com a antropofogia canibalista se deu porque os "antropofágicos" acreditavam que a cultura brasileira poderia se construir não sendo uma cópia pura do que vinha do exterior [como Europa e América do Norte] e nem do que já estava imbricado na realidade do Brasil [como a cultura afrodescendente, indígena, eurodescendente], mas absorvendo-nas e deglutindo - daí a analogia - para construir uma cultura genuinamente brasileira. Nascida aqui. Não se deve negar ou rejeitar o que vem de fora, mas também não se deve imitar.
O movimento criticava a "elite pensante" da época que vivia uma submissão cultural, só aceitando o que vinha de fora, caracterizando-se como um dos marcos do modernismo brasileiro.
"Devoração cultural das técnicas importadas para reelaborá-las com autonomia,
convertendo-as em produto de exportação."
- Oswald de Andrade -
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