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Besouro - Nasce Um Herói" é mais do que um filme de intensos e avançados efeitos especiais, porém um retrato do que é o espetáculo do negro na terra brasilis. Infelizmente, porém, esse espetáculo não é recheado, somente, de fortes pontos de cultura, encantos, mistérios e magias. A história que Besouro conta é um soco na boca do estômago desse ser humano que se diz tão evoluído. É doloroso olhar para trás e ver como foi árdua a vida desse povo que construiu, através de sua cultura, o que hoje se chama de identidade brasileira. Sem sorte que a massa expectadora do filme não vai enxergar, talvez, essa triste realidade, encatados, compreensivelmente, pelos efeitos especiais de alta tecnologia, pelas mitologias dos orixás, pelas belas paisagens ou pelas tórridas cenas de amor, ódio e tesão.
Em tempo, Besouro não é só Ésú, Óyà, Ósun, Óssain, Ógun, capoeiras e vôos e mortais. É, ainda, um ensaio sobre a luta por uma liberdade de expressão cultural num tempo em que dançar, rezar, lutar como ensinara os ancestrais, era algo terminantemente proibido. Profano.
Hoje, Capoeira é patrimôno cultural de uma gente que discrimina o negro que lutou por essa expressão. O Brasil é um país sem identidade, porque exclui suas próprias raízes. E, sem identidade, torna-se, cada vez mais, um povo fraco por não se entender por completo. E esse discurso não é "getuliovargu
ense", porque não é necessário fechar as portas verdes e amarelas para todo o resto, mesmo porque, hoje, vive-se uma globalização. Mas o Brasil tem uma história, uma identidade que precisa ser aceita, compreendida e apreendida pelo povo.
A raiz afro-descendente é viva e forte na cultura brasileira e a sociedade deve aceitá-la como parte integrante da identidade que faz do brasileiro um povo tão particular.
Besouro - Nasce Um Herói" é mais do que um filme de intensos e avançados efeitos especiais, porém um retrato do que é o espetáculo do negro na terra brasilis. Infelizmente, porém, esse espetáculo não é recheado, somente, de fortes pontos de cultura, encantos, mistérios e magias. A história que Besouro conta é um soco na boca do estômago desse ser humano que se diz tão evoluído. É doloroso olhar para trás e ver como foi árdua a vida desse povo que construiu, através de sua cultura, o que hoje se chama de identidade brasileira. Sem sorte que a massa expectadora do filme não vai enxergar, talvez, essa triste realidade, encatados, compreensivelmente, pelos efeitos especiais de alta tecnologia, pelas mitologias dos orixás, pelas belas paisagens ou pelas tórridas cenas de amor, ódio e tesão.Em tempo, Besouro não é só Ésú, Óyà, Ósun, Óssain, Ógun, capoeiras e vôos e mortais. É, ainda, um ensaio sobre a luta por uma liberdade de expressão cultural num tempo em que dançar, rezar, lutar como ensinara os ancestrais, era algo terminantemente proibido. Profano.
Hoje, Capoeira é patrimôno cultural de uma gente que discrimina o negro que lutou por essa expressão. O Brasil é um país sem identidade, porque exclui suas próprias raízes. E, sem identidade, torna-se, cada vez mais, um povo fraco por não se entender por completo. E esse discurso não é "getuliovargu
ense", porque não é necessário fechar as portas verdes e amarelas para todo o resto, mesmo porque, hoje, vive-se uma globalização. Mas o Brasil tem uma história, uma identidade que precisa ser aceita, compreendida e apreendida pelo povo.A raiz afro-descendente é viva e forte na cultura brasileira e a sociedade deve aceitá-la como parte integrante da identidade que faz do brasileiro um povo tão particular.
Um comentário:
Um bom filme. Um filme que põe o negro como protagonista da sua história. Ele é removido do lugar comum em que sempre esteve, perseguido, coitado e sofredor, sendo submisso até mesmo na hora de sua libertação. Assim, Besouro nos mostra a luta deste povo por uma vida e um viver, por uma expressão cultural rica e própria, mas também brasileira, pois não é mais possível pensá-la separadamente do nosso país. O filme também apresenta a beleza mística afrodescendente ao retratar os orixás de uma maneira quase que fidedigna, pois esta foi a sensação despertada, levando-me a refletir sobre a pureza da relação homem-natureza, e suas diferentes, mas nem por isso falsas, maneiras de explicá-la.
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