6.6.10

:: COMO NOS VELHOS TEMPOS ::

Parei, diversas vezes, para pensar que combinação de palavras usar para contar a história da nossa amizade. Falhei em todas. Porque, talvez - caindo naquele lugar comum, seja difícil enquadrar essa amizade em meias palavras.

Nos conhecemos na sexta série do antigo primeiro grau. Mas foi no ano seguinte que o sentimento de amizade se fortaleceu e, desde então, fizemos dele uma verdade na nossa vida.
Quando pulamos para o grau seguinte, separaram-nos de escola. Pode ter sido uma tocaia da vida irônica, uma emboscada. Não foi capaz, no entanto, de estremecer a estrutura da amizade que já havia criado alicerces suficientes para se manter viva - apesar de separados. Essa, foi, por sua vez, a maior prova de que aquilo perduraria pro resto de nossas vidas.
Penso que existem diversos tipos de amigos. Aqueles que você convive diariamente, os que duram uma primavera, duas no máximo. Há aqueles que transforman-se em vício. Outros que servem só para cerveja, boite e noitada. Mas, ainda bem, há aqueles que não precisam de mais nada, apenas da certeza de que somos amigos. Não é necessário provar, regar, alimentar, porque é tão sincero, tão verdadeiro como amor de irmão. Simplesmente existe e é forte suficiente para durar para sempre.
Lembro-me dos finais de semana que íamos, religiosamente, para o "Shopping do Alto" fazer nada demais. Das voltas de bicicleta nas tardes depois da escola. De quando consegui cair mais de três vezes da bicicleta no mesmo dia. Das primeiras vezes.
Infelizmente a vida fez com que os nossos caminhos se descruzassem, mas, uma vez cruzados no passado, a distancia, por maior que seja, não é suficiente para enfraquecer. Cada qual vivendo sua vida em cada canto, mas, ainda assim, ao primeiro encontro, é como se fosse nos velhos tempos!
Muitos passaram nessa jornada, mas só nós ficamos!
Confesso que me senti profundamente lisonjeado quando recebi o convite para ser padrinho do seu casamento [com a mulher que ele conhecera nos nossos tempos de escola, ainda], porque lembro-me quando me disse que faria isso quando casasse, e feliz por entender o convite como a certeza de que ainda me considera O SEU AMIGO!

Muito obrigado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tão lindo... tão arrumadinho...rs