12.2.08

:: LEMBRANÇA INDESEJADA ::

Desde quando concluí o último semestre letivo da minha graduação – dezembro último, eu tenho constatado algo não muito feliz.

Em meio àquela loucura de final de faculdade – conclusão de monografia, noites sem dormir, inversão, muitas vezes, do dia pela noite, sem tempo para nada, pressão – eu não senti como eu estava sozinho. A minha turma já havia concluído o curso um período antes de mim, porque eu me enrolei deixando de fazer algumas disciplinas no tempo certo, o que me atrasou no final de tudo (não foi algo de grande gravidade, pelo contrário, foi uma oportunidade de conseguir fazer a monografia cursando apenas duas disciplinas além dela, permitindo um tempo maior para dedicação ao trabalho monográfico). Aí, de agosto para cá, eu me envolvi no turbilhão do último período e não tive tempo para pensar na ausência de diversas pessoas.

Desde dezembro eu tenho percebido que os meus amigos tornaram-se lembranças. Eu to me sentindo sozinho. Alguns casaram-se, outros estão envolvidos com seus novos amigos e eu... Acho que fiquei só na parada. Não sei se isso é uma bobagem da minha parte, porque a vida é assim mesmo. Os caminhos são diferentes, cruzam-se e descruzam-se, mas é ruim sentir-se só. Eu sei que eles não deixaram de ser meus amigos – pelo menos acredito nisso, fielmente – mas é uma sensação muito esquisita.

Certa vez uma amiga – dos tempos de faculdade – disse que amizades não são infinitas na presença, apenas na lembrança. Porque os amigos ficam na história, as coisas passam, novas oportunidades aparecem em nossas vidas e na deles também.

O que importa é que todos continuam vivos na minha memória. Tornaram-se lembranças, porém boas. Muito, por sinal. O lance é rezar como o Gil – em Drão – não pensar na separação. Viver a intensidade dos momentos. E se o destino ironizar... Que assim seja!

Pé na tábua!

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