26.2.09
:: A JOGADA ::
19.2.09
:: ENSAIO SOBRE O AMOR DE Nº III - LEMINSKIANDO ::
Vou parafrasear a Adriana Calcanhoto, quando anunciou que estava fechando uma trilogia de discos.
Quando eu redigi o primeiro texto sobre amor, estava descrente. Foi um momento. Só que eu percebi que não seria um filho único, porque se tornou um promogênito quando senti a necessidade de escrever novamente sobre o mesmo tema. Então resolvi assumir uma mini-trilogia e fazer um olhar sobre o amor, em três momentos.
Eis, que de repente, deparo-me com o fabuloso Leminski. Ele diz:
17.2.09
:: ENSAIO SOBRE O AMOR DE Nº II - SINAIS ::
Brincar de ser contraditório é maneiro.
Vamos lá!
Já que o amor existe, façamos uma revolução!
"PELO AMOR COMO CURRÍCULO ESCOLAR"
Que tal se as escolas começassem a ensinar sobre o amor?
Sairíamos de lá letrados. Ou não.
Eu não sei nada sobre ele. Roubaram isso de mim. [Risos. Aquele sarcástico, de canto de boca!]
Confesso que preciso saber amar e saber deixar alguém me amar.
Porque, não é possível!
Eu sempre fui bom nas disciplinas subjetivas. E essa coisa de amor é tão subjetivo. Era para eu me dar bem nessa.
A não ser que ele seja uma ciência exata, onde um e um são dois. Dois e dois, quatro. 4 + 4 = 8.
Aí já deixou de ser amor e virou suruba.
Sei não.
Agora, se Drummond estiver certo quando disse:
Que porra de sinais são esses?
Eu não aprendi isso na escola!
Mas, lutemos!
Perseverança!
Quem sabe a próxima reforma não seja na língua portuguesa e, sim, no currículo escolar.
Nunca se sabe. Porque quando se fala de amor, tudo vale a pena!
15.2.09
:: ENSAIO SOBRE O AMOR DE Nº I - BALELA ::
As vezes acho que a gente vem ao mundo somente para aprender a ficar sozinho.
Um ensaio para a morte.
Um treino para a solidão.
Tantos amores e sempre só.
Nenhum.
Nunca.
Isso é uma bobagem.
Uma grande ironia.
E a máscara para isso?
O riso, claro!
Ele é o deboche da vida! Essa felicidade mascarada que a gente vive.
Essa alegria falsa de todos os dias.
Não se iluda.
Todo mundo está aqui para tomar essa cicuta.
Isso é mentira.
Balela.
Vamos debochar de toda essa porcaria, então.
Vamos fingir que tudo é verdade.
Com aquele sorriso de canto de boca.
Vil.
Vamos fingir que os amores existem.
Fechar os olhos para a verdadeira face deles.
Sarcásticos amores.
Interesse mascarado.
Pedantes.
Mas não esqueçamos que são quimeras.
Tudo uma quimera.
Que merda!
Amar é uma troca de interesse.
Até o amor próprio.
Que é você interessado nos seus próprios sentimentos de auto-ajuda.
É você interessado na sua fragilidade.
Provando a si mesmo que é capaz de amar alguém.
E que é amado.
Tolice.
Você vai ver.
Quando chegar o fim do jogo, estarás sozinho.
Sem amor. Sem ninguém.
Verás que tudo não passou de charlatanismo.
Que a vida te enganou.
Pode ser que a dor seja menor.
Pode ser que não.
4.2.09
:: AUTÊNTICO ::
E com o tempo eu fui aprendendo que o homem se torna autêntico quando aprende que a solidão não é um fardo, um peso, uma pedra, um espinho, uma cruz... Mas o preço do compromisso com a sua própria liberdade.
E é aí que a gente aprende como é bom ser livre.